Revista PLoS One (2022)
Abstract: Background – Increased physical activity levels and their determinations are essential issues worldwide.
The Longitudinal Study of Physical Activity Determinants (ELDAF) aims to understand the roles of psychosocial and environmental factors in workers’ physical activity levels. Methods – A prospective cohort study of non-faculty civil servants from a public university (approximately 1,200 individuals) will start in 2022 (baseline). The primary measurements will be accelerometer- and questionnaire-based physical activity, social support, social network, socioeconomic status, bereavement, job stress, body image, common mental disorders, depression, and neighborhood satisfaction. Additional measurements will include necessary sociodemographic, physical morbidity, lifestyle and anthropometric information. Participants’ places of residence will be geocoded using complete addresses. All participants will furnish written, informed consent before the beginning of the study. Pilot studies were performed to identify and correct potential problems in the data collection instruments and procedures. ELDAF will be the first cohort study conducted in Latin America to investigate physical activity and its determinants.
A expansão da covid-19 na Baixada Fluminense – RJ: Seus caminhos e efeitos sociais na periferia
Revista GEOUERJ (2021)
Resumo: O contexto da pandemia do novo coronavírus apontou para a importância de compreender a expansão geográfica desta doença, seus caminhos e efeitos, em especial nos territórios periféricos. Objetivo: Analisar e visibilizar os impactos da pandemia na porção da periferia oeste da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conhecida como Baixada Fluminense. Métodos (opcional): Baseado no método qualiquantitativo, utilizamos dados da Covid-19 disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro nos primeiros meses da pandemia [março, abril e maio do ano de 2020], e realizamos uma análise da produção territorial da região de estudo para avaliar os efeitos e impactos do avanço desta doença. Resultados: Construção de mapas de calor da incidência da Covid-19 pelos bairros dos municípios da Baixada Fluminense que demonstraram as centralidades e os caminhos da doença pelos territórios periféricos, e produção de gráficos com o número de contaminados e novos casos em perspectiva comparada de parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Conclusão: A expansão geográfica do novo coronavírus tem revelado que as periferias metropolitanas são espaços privilegiados de contaminação, os dados apresentados demonstram um rápido crescimento do número de casos nessas áreas. Outrossim a maior incidência corresponde aos territórios que apresentam os caminhos de circulação metropolitana, maior centralidade no contexto dos municípios, grande adensamento populacional e maior vulnerabilidade econômica e social.
Dinâmica espacial da pandemia de covid-19 através de mapas anamórficos do Estado do Rio de Janeiro
Revista Geographia UFF (2021)
Resumo: O presente trabalho busca representar os casos, óbitos e taxas de letalidade do COVID-19 em regiões de governo do Estado do Rio de Janeiro por anamorfismo. A técnica de anamorfismo consiste na construção de cartogramas que deformam os limites substituindo as escalas métricas por escalas fracionais. O objetivo do trabalho é analisar a distribuição do COVID-19 ao longo dos meses de abril a agosto de 2020, utilizando o ScapeToad para essas representações. ScapeToad é um software livre, que permite a criação de mapas anamórficos, também chamados de cartogramas. A metodologia aplicada foi a disseminação da doença nos municípios do Estado com os números absolutos de casos confirmados, óbitos e a taxa de letalidade confrontada com a estimativa populacional indicada pelo IBGE. Os resultados mostraram que a disseminação dos dados começou na Região Metropolitana e avançou pelas maiores cidades do interior.
Revista Confins (2021)
Resumo: Após quase um ano, a pandemia da covid-19 não se revelou democrática como se anunciava: as periferias urbanas, mais vulneráveis socialmente, se revelaram espaços privilegiados de contaminação. Assim, o objetivo deste artigo é analisar os impactos da covid-19 nas periferias da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, destacando a capital e os municípios que compõem a Baixada Fluminense. Apresentando um debate conceitual sobre vulnerabilidade social e dialogando com o campo da saúde pública, foram produzidos mapas e tabelas, a partir dos dados de casos e óbitos oficiais da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, por município, e população estimada em 2020, do IBGE Cidades, para calcular as Taxas de Prevalência, de Mortalidade e de Letalidade, para buscar a compreensão analítica da difusão da covid-19 nos territórios periféricos do Rio de Janeiro. Apesar dos entraves das subnotificações, os resultados permitiram identificar um comportamento espacial semelhante entre grupos de municípios, evidenciando a importância da vulnerabilidade social como um elemento dos mais relevantes da difusão da covid-19.
Revista Espaço e Economia (2020)
Resumo: O Oeste Metropolitano do Rio de Janeiro compreende os bairros da Zona Oeste, ou Área de planejamento 5, da cidade do Rio de Janeiro e os municípios de Nova Iguaçu, Japeri, Queimados, Seropédica, Paracambi e Itaguaí, pertencentes à Baixada Fluminense. A região é responsável pelo abastecimento de água de grande parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo, portanto, uma região enquadrada pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritária para a conservação e implementação de políticas públicas socioambientais. O Oeste Metropolitano tornou-se bastante visado nos últimos anos, especialmente pela sua posição geográfica, localizado no mais importante eixo geoeconômico do país (RJ – SP – Belo Horizonte), além de grande riqueza natural, atribuída aos recursos naturais e serviços ecossistêmicos oferecidos em superfície e subsuperfície. Mesmo diante do seu potencial ambiental, a região é marcada por uma série de impactos ambientais, decorrentes principalmente pela falta de saneamento básico adequado, irregularidades no descarte de rejeitos e despejo de efluentes industriais in natura e atividades de mineração, como extração de areia e de pedras. Com o intuito de descrever as características socioambientais do Oeste Metropolitano, objeto de estudo do Laboratório Integrado de Geografia Física Aplicada (LIGA/UFRRJ), o presente artigo objetiva-se apresentar um panorama geográfico dessa região, visando diagnosticar os riscos iminentes e os índices de vulnerabilidade socioambientais, bem como, apresentar estratégias preventivas aos riscos potenciais do uso e ocupação territorial, oferecendo subsídios para a produção do ordenamento territorial e para um planejamento urbano sustentável.
Revista Espaço e Economia (2020)
Resumo: Após atingir as áreas centrais e mais ricas da cidade do Rio de Janeiro, a pandemia de COVID-19/coronavírus começa a ampliar suas fronteiras. No interior do estado e nas áreas mais pobres, a COVID-19 poderá ter impactos muito violentos. Com índices sociais alarmantes e precárias condições de saúde pública, o impacto da pandemia na Baixada Fluminense é preocupante e pode ser tornar um desastre social.
Anuário do Instituto de Geociências da UFRJ (2019)
Resumo: Este trabalho tem como objetivo propor o uso de tecnologias 3D no ensino da cartografia e geomorfologia, para isto foi utilizado uma Impressora 3D ? RepRap Prusa, que construiu feições geomorfológicas capazes de proporcionar um ensino com modelos físicos. A metodologia utilizou dados cartográficos extraídos de hipsometria da morfologia do Pão de Açúcar proporcionando um modelo digital de elevação que foi impresso em partes visando à compreensão de construção das curvas de nível e variáveis geomorfológicas do relevo.
Classificação da Susceptibilidade à ocorrência de incêndios através de mineração de dados e GEOBIA
Revista Brasileira de Cartografia (2015)
Resumo: Os incêndios florestais são decorrentes de diversas ações em que o homem é o principal agente deflagrador, além dos fatores de ignição de origem natural. O espalhamento do fogo é potencializado por diversas variáveis relacionadas à própria paisagem, que devem ser consideradas na definição de meios de controle eficientes de incêndios. O objetivo desse trabalho é contribuir metodologicamente na construção de um mapeamento da susceptibilidade à ocorrência de incêndios através de conceitos geoecológicos auxiliados por técnicas de mineração de dados e análise de imagens baseada em objetos geográficos (GEOBIA). A área de estudo definida é parte da região do Planalto do Itatiaia que possui diversos registros históricos de incêndios florestais decorrentes de práticas de origem criminosa. A metodologia utilizou dados diversos da paisagem, extraídos de imagens do sensor AVNIR-2/ALOS, Modelos Digitais de Elevação (MDE) e dados de áreas queimadas (Relatório de Ocorrência de Incêndio – ROI) adquiridas em campo através da equipe de brigadistas do Parque Nacional do Itatiaia. Os métodos aplicados foram baseados na utilização de pacotes de software livres como o modelo 6S, WEKA e InterIMAGE, visando construir um método de custo reduzido e com maior possibilidade de ser replicado em outras unidades de conservação. As etapas metodológicas realizadas foram: correção geométrica e atmosférica da imagem AVNIR-2; cálculo do índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI), que foi associado à variável de combustibilidade; construção do mapa de cobertura da terra; extração de dados de exposição à radiação solar, declividade e forma das encostas a partir do MDE da área de estudo e; aquisição de amostras de variáveis características de susceptibilidade ao fogo, neste estudo chamadas de variáveis geoecológicas, visando a mineração de dados. A mineração de dados gerou quatro árvores de decisão que representam a conjugação das variáveis geoecológicas que possibilitam a classificação, baseada em objetos, da susceptibilidade. A segmentação foi realizada sobre uma imagem NDVI através do sistema InterIMAGE, diferentes valores de parâmetros de segmentação foram usados e para cada segmentação foi obtido um resultado distinto de classificação. Os resultados tomaram o ano da imagem (2009) como base para o estudo e as áreas queimadas foram divididas em períodos anteriores (2008 e 2009), para calibração do modelo, e posteriores (2010 a 2012), para validação da metodologia.
Revista Brasileira de Cartografia (2012)
Resumo: A modelagem do conhecimento é obtida a partir da interpretação de especialistas de diversas áreas que propõem um modelo de representação da paisagem através da análise de dados de diferentes fontes. Essa técnica se baseia no conhecimento do intérprete sobre determinada cena que propõe um conjunto de regras inseridas em uma rede semântica que realiza uma análise baseada em objeto. Atualmente, os softwares que trabalham com essas técnicas possuem alto custo, podendo inviabilizar seu uso para a execução de projetos. Neste sentido, buscando a disseminação e acessibilidade das técnicas de modelagem do conhecimento um software gratuito e de código aberto (InterIMAGE) vem sendo desenvolvido pelo Laboratório de Visão Computacional – LVC/PUC-Rio e a Divisão de Processamento de Imagens – DPI/INPE, e testado por uma série de parceiros. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia utilizando dados e software de custo baixo para elaboração de mapas de cobertura da terra por meio de técnicas de modelagem do conhecimento realizada pelo software InterIMAGE. Este estudo foi conduzido em uma área de aproximadamente 25 km², que é representativa da paisagem da APA Petrópolis – RJ. Para a geração do modelo proposto foram utilizados dados do sensor AVNIR-2/ALOS, dados vetoriais e produtos extraídos de Modelos Digitais de Elevação (MDE). As classes extraídas para o mapeamento de cobertura da terra foram vegetação arbórea e rasteira, área urbana, água, afloramento rochoso, sombra e nuvem. Os resultados apontaram, a partir da validação do mapeamento, uma acurácia global de 80% e índice kappa de 0,76, que são indicam resultados promissores e que apontam a eficácia da metodologia aplicada.
Avaliação Geoecológica de Susceptibilidade à Ocorrência de Incêndios no Estado do Rio de Janeiro
Revista FLORAM (2011)
Resumo: Os remanescentes florestais da Mata Atlântica têm sofrido pressões antrópicas frequentes. Essas pressões são relacionadas, principalmente, ao desmatamento e aos incêndios florestais. Por isso, o objetivo deste artigo é o desenvolvimento de um mapa geoecológico de susceptibilidade à ocorrência de incêndios no Estado do Rio de Janeiro, na escala de 1:100.000. Para esta proposta, mapas de elementos funcionais e de estrutura da paisagem (forma das encostas, radiação solar, uso da terra e balanço hídrico) foram construídos. O estudo foi conduzido utilizando o método analítico integrativo e diferentes técnicas de geoprocessamento, como Modelos Digitais de Elevação e Sistemas de Informações Geográficas. Os mapas representam três diferentes períodos: anual, seco e chuvoso. Ademais, estes mapas foram validados por meio dos dados do sensor MODIS. Os resultados proporcionaram diferentes arranjos espaciais para a susceptibilidade por meio das classes designadas como alta, média e baixa, que tiveram boa correlação com os dados de validação.
Cartografia Geoecológica da Potencialidade à Ocorrência de Incêndios: Uma proposta metodológica
Revista Brasileira de Cartografia (2010)
Resumo: As análises ambientais de caráter integrativo vem sendo cada vez mais desenvolvidas nas últimas décadas com objetivo de refinar o conhecimento da paisagem. A Geoecologia apresenta dentro dos seus estudos a Cartografia Geoecológica que aliada às técnicas de geoprocessamento tem proporcionado importante contribuição para análises da paisagem. Uma aplicação da Cartografia Geoecológica é o mapa de potencialidade à ocorrência de incêndios, que é um produto da ação da própria paisagem (susceptibilidade) e do homem (risco). Este mapeamento apresenta proposições de alguns autores, entretanto, não há uma metodologia fechada sobre o tema. Neste sentido, o presente trabalho busca apresentar uma proposta metodológica sobre a temática, criando e testando um mapeamento de potencialidade à ocorrência de incêndios para o maciço da Pedra Branca/RJ. Este maciço apresenta um uso e cobertura bastante heterogêneo cujo principal característica é abrigar uma das florestas urbanas da Cidade do Rio de Janeiro, onde se situa um importante remanescente florestal do bioma Mata Atlântica. O mapeamento geoecológico foi avaliado em duas áreas de queimadas, e apontaram resultados satisfatórios. Além disso, outros dados de incêndios corroboraram com a validação positiva da metodologia e do mapeamento realizado.